sexta-feira, 28 de junho de 2013

"and in her eyes you see nothing no sign of love behind the tears cried for no one"



                                 
É difícil para mim, fazer essa resenha. Porque, sinceramente, eu nem sei o que eu gostei tanto nesse livro, e o que me levou a marcá-lo como favorito. Eu só sei que amei amei amei essa história. Talvez porque eu seja totalmente beatlemaníaca. Ou porque eu estava precisando de uma história relacionada à amizade, assim. Ou porque estava, quando lia, em uma época particular muito boa. Enfim.


Penny Lane tem 16, 17 anos, e tem certeza de duas coisas na vida: a primeira é que ama os Beatles, sua banda preferida e também a de seus pais, obviamente. E a segunda é que nunca nunca nunca mais vai namorar. Pelo menos enquanto estiver no colegial. Ela foi magoada por um garoto que achava que era o amor de sua vida, e então percebeu a besteira que é se iludir. E então, ela decide formar um clube, para ela mesma, juntando as duas coisas que ela tem certeza: Beatles e sua decisão de não namorar, e forma o Lonely Hearts Club. Mas o que ela não contava é que as pessoas iriam aderir ao clube.

Penny é uma protagonista de estilo, atitude, embora sua personalidade seja parecida com muitas heroínas YA. Mas acho que isso faz parte, protagonistas parecidas, para podermos focar na história em si. Os coadjuvantes, embora pouco descritos, tem uma participação importante. Ryan, o garoto (é claro que tem um garoto) que fará com que Penny questione se realmente todos os garotos não prestam, é o típico garoto americano comum, quaterback, loiro, bonzinho, mas, mesmo que tudo seja absolutamente comum, eu amei.

Não posso deixar de comparar a obra de Elizabeth Eulberg com um certo livro chamado "Não Sou Esse Tipo De Garota", um livro que, por acaso, eu ODIEI. Natalie Sterling, em NSETDG, também não quer saber de namorado, mas não por que ela tenha sido magoada, e sim porque ela acha errado (?) NAMORAR, acha que as meninas devem se dar ao respeito. OH GOD, QUE COISA MACHISTA. E isso é visto o tempo todo como feminista da parte dela, tipo, WHAT? Penny não é assim. Ela não pretende iniciar uma revolução pseudo feminista, então, se você leu o livro que eu tenho preguiça de escrever o título e assim como eu, não gostou, leia Lonely Hearts, você vai amar!

Para quem não sabe, eu amo os Beatles loucamente. Não são minha banda preferida, mas ama tanto quanto a Penny, e amei as referências às músicas, e tudo o que aparecia deles. O livro era dividido em partes, e cada parte começava com um trecho de músicas. Mas, embora a ideia seja genial, eu achei as músicas escolhidas um pouco fracas. Sei lá, vai ver sou uma fã muito exigente.

Fora isso, o que mais? Ah sim. Penny é HILÁRIA. Poucos livros me fazem rir alto, e esse fez, com certeza. As cenas são construídas de modo muito legal e envolvente.

"Lonely Hearts Club" é aquele típico "guilty pleasure", você sabe que a história é normal, e que a escrita e caracterização não são tão boas, mas o clima da história te deixa tão apaixonado que você tem que marcar como favorito. 

"Minha mãe levou a mão, animadíssima por eu ter nomeado alguma coisa em homenagem aos Beatles. Mas eu podia ter começado um clube chamado Yellow Submarine que fosse ao mar e abatesse filhotes de foca e ainda assim ela ficaria orgulhosa"

PS: o título da resenha é uma referência à uma música dos Beatles, "For No One" que não aparece no livro, mas eu acho que tem TUDO a ver com a história, considerando que trata de uma garota que decide ser forte e meio que desistir do amor.

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