quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Top 5 livros para se ler no verão:

O Verão é minha estação favorita, junto com o inverno. Toda aquela liberdade, Sol, mar, praia, piscina, fogueiras a noite, romances... É claro que, toda vez que eu chego perto de sair de férias, começo a ler livros que se passam nessa época para ficar no clima. Embora meus verões nunca sejam tão bons assim, livros de verão são agradáveis, fofos e muito fáceis de se ler. Aqui estão alguns dos melhores.
  1. Aquele Verão: É Sarah Dessen, certo? Nada mais verão. 
  2. Sobrenatural: Ok, esse livro não é inteiro sobre verão, mas a melhor parte do livro é. Não posso falar nada sem lançar spoiler, mas é o verão perfeito, com direito até a ficar deitada na caminhonete do namorado olhando estrelas com ele. Além disso, eu amo esse livro.
  3. Lola e o garoto da casa ao lado: Eu amo a Stephanie Perkins, sou apaixonada por outro livro dela, Anna E O Beijo Frânces, mas Lola tem um ar mais verão do que Anna.
  4. A Caminho Do Verão: Sabe aquele verão dos sonhos, com romance, praia, e tudo o mais? Esse livro tem esse cenário.
  5. O Verão Que Mudou Minha Vida: Livro para se ler em um dia, perfeito, fofo, e até mais profundo do que os outros. O título já diz tudo. O segundo livro dessa trilogia, Não É Verão Sem Você, foi lançado agora, em janeiro.
Aquele Verão Sobrenatural Lola e o Garoto da Casa ao Lado
A Caminho do VerãoO Verão Que Mudou Minha Vida

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Delicioso, divertido, muitas vezes irritantes, mas com certeza muito acolhedor, Melancia é como uma conversa com uma amiga antiga

A história de Melancia começa quando a protagonista, Claire, é abandonada pelo marido, logo após dar a luz, e segue esse roteiro, contando sua superação. Lendo algo assim, pode-se pensar que é um drama pesado. Mas não poderia ser mais diferente. 

Claire Walsh é, inegavelmente, divertida, engraçada e bem-humorada. Passa por momentos de dor, de luto, de sofrimento, mas supera tudo isso, com tiradas inteligentes e monólogos divertidos. 

É claro, como todo chick-lit, temos um romance. Adam é apresentado, e imediatamente se sente atraído por Claire. Essa é uma das únicas críticas que faço ao livro: o personagem Adam parece forçado. 

Adam age como alguém educado na casa de completos estranhos. Cheio de sorrisos encantadores, mas sem ser ele mesmo. No livro inteiro, ficamos com a impressão de que ele só está sendo educado, o que atrapalha consideravelmente a química do casal, tendo em vista que um dos membros parece agir tão forçado. 

Como o livro não é só uma história romântica, acho que é normal colocar que Claire parecia mais apaixonada pelo seu ex-marido. Ficava se culpando, quando estava com Adam, mesmo sabendo que seu marido estava traindo-a. Perdi a conta de quantas vezes vi o nome "James", chegando a confundir quando a palavra "jamais" era escrita. Embora seus monólogos engraçádissimos tenham feito qualquer um simpatizar com sua situação, Claire se subestima demais, não vê o que está na sua frente e, muitas vezes, escolhe fazer o que parece ser certo ao lógico. Sofri junto com o Adam durante muita parte do livro.

Grande charme do livro se deve a família de Claire, especialmente à suas irmãs. "Melancia" têm continuações indiretas, do ponto de vista de suas irmãs, com "Férias", "Los Angeles" e "Tem Alguém Ai?".
Marian Keys se perde na personagem, sinto que ela consegue imprimir-se bem no livro. Quando lemos, temos a sensação de uma conversa bem-humorada com a própria autora.


terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Um livro completo, bem escrito, bonito, perfeito

"A Hospedeira" é o único livro de Stephenie Meyer sem nenhuma ligação com Crepúsculo. Nessa obra, Meyer conseguiu se superar, fortalecendo seus pontos fortes e corrigindo os baixos.

Resumir o livro é muito difícil. É uma distopia, na qual seres alienígenas invadiram a Terra e possuíram a mente dos humanos. De praticamente todos. Melanie resistia junto com seu irmão, Jamie, e seu "namorado", Jared. Porém, quando sai em busca de uma prima que acredita sobreviver, é pega pelos seres, que possuem sua mente. Agora, Peregrina comanda suas ações. Mas Melanie resiste, viva no interior de Peg, e leva a alienígena de bom coração em busca de sua família perdida. Peg e Mel descobrem que existem mais seres humanos do que elas pensavam, em uma colônia no deserto.

Stephenie Meyer tem um estilo próprio muito marcante de escrever. Ela é organizada, direta, usa a adjetivação muito bem e consegue transportar emoção pelas linhas. Isso está ainda mais marcante em "A Hospedeira". 

Peg é forte, sincera, direta, honesta. Apesar de ser vista como inimiga durante boa parte do livro, acaba conquistando corações com seu jeito puro. Ian, um belo sobrevivente, tão bom quanto ela, acaba se apaixonando, o que mudará a forma como ele encarará toda sua vida. Seu instinto de proteção por Peg é infinito. A autora conseguiu um mocinho muito melhor que em Crepúsculo, Ian e Peg tem muito mais química que Edward e Bella. Embora, durante a maior parte do livro, Peg se mostre obcecada por Jared, Ian conquistou todo mundo, inclusive Meyer, e ganhou espaço.

Gostei muito dos personagens coadjuvantes, que, normalmente nos livros da autora, são bem construídos. Jamie, Jeb, Doc, Ian (é claro), Walter...

Não gostava muito de Melanie no meio do livro, principalmente por causa da integridade de Peg, Mel parecia um pouco... egoísta e amoral. Mas essa impressão passou no meio para o final. Me divertia com ela, seu sarcasmo. Não entendi a raiva de Sharon e Maggie, quem sabe se houver uma continuação isso possa ser explicado.

Um dos pontos fortes de "A Hospedeira" é mostrar o pior lado e o melhor lado dos humanos e dos alienígenas: era difícil estabelecer uma posição, pois, embora sequestro mental é algo horrível, eles realmente eram bons e contra a violência. Sim, os humanos eram as vítimas, mas também apresentaram vários comportamentos que me fizeram ter vontade de defender os aliens. Porém, o que mais me irritou nos invasores foi a incoerência: Peg falava que eles se importavam muito com a alma, mas matavam a alma dos humanos sem pensar duas vezes.

O ponto forte de "A Hospedeira", em relação a Crepúsculo, foi o valor pela vida, desprezado totalmente na primeira saga. Em "Amanhecer", temos a cena em que Bella se transforma, finalmente, em vampira: vemos a narração de seu coração lutando para bater, para viver. Essa parte é bem emocionante, mas Bella escolheu isso, escolheu morrer. O que mais me irrita na personagem principal de Crepúsculo é a falta de amor pela vida, presente em todos os livros. Em "A Hospedeira", Stephenie Meyer se redime, escrevendo sobre a luta humana para sobreviver, e, nem Mel nem Peg seriam idiotas o suficiente para querer morrer por um cara.

Uma das partes que mais me emocionou no livro foi quando um grande amigo de Peg, um humano, morre. Ela se sente exausta, não vê motivo para ser aceita naquele lugar, sendo que não há aquela pessoa mais para defende-la. Não é nenhum personagem importante, mas que fez falta. Meyer faz a gente se importar com os personagens. 

Muitas pessoas tiveram dificuldades de continuar com o livro, pararam de ler por preguiça após o prólogo. Não tive esse problema, não achei o livro chato, ou cansativo, em nenhum momento, gostei desde as primeiras páginas. Eu acho que, quem teve esse problema, está acostumado com leituras de baixa qualidade, previsíveis e pobres.

Torço muito para que tenha uma sequência, acho que daria uma boa trilogia, quem sabe Meyer possa escrever sobre uma batalha entre os humanos remanescentes e os alienígenas. 

Mal posso esperar pelo filme, em março. "A Hospedeira" é lindo, tem ação, emoção, divertimento, metáforas tudo na dose certa. Com certeza, um dos meus livros preferidos. 

sábado, 26 de janeiro de 2013

Metafórico, questionador, apaixonante e maduro: A Idade Dos Milagres é um grande "E se..."

Julia é uma garota de onze anos que vive na Califórnia. Possui uma vida extremamente comum, vivendo no subúrbio, com uma família classe média alta. Porém, a Terra, aos poucos sai do eixo de rotação normal, o que deixa o tempo mais longo, altera a gravidade, muda o campo magnético, prejudica a agricultura, as plantas, os animais, as árvores e, indiretamente, afeta as decisões das pessoas, especialmente de Julia, que está passando da infância para a adolescência. 

Karen Thompson Walker escreve muito bem, conectando os pontos e deixando os leitores envolvidos. Difícil acreditar que seja obra de uma autora novata, afinal, trata-se do primeiro romance da escritora.

Embora não chegue a ser uma distopia, "A Idade Dos Milagres" trás aflição e ansiedade a cada página. Walker mexeu com um dos medos mais primários das pessoas: o de que o mundo, de alguma forma, acabe. 

Confesso que, em diversas passagens do livro, me senti agradecida pela rotação real (ainda) ser normal, agradecendo por um por do sol na hora esperada, por um nascer do sol com realmente um sol.

O livro é narrado com Júlia já na idade de 23 anos, portanto, ela narra os fatos com toques de quem sabe o que aconteceu, o que deixa o leitor ainda mais na expectativa. 

O mais impressionante de "A Idade Dos Milagres" é que tudo ali parece cruelmente real. Não duvido que, se essa tragédia ocorresse na realidade, o governo e as pessoas agiriam exatamente como na ficção.
Júlia, apesar da pouca idade, narra com uma maturidade expressiva, o que imprime ainda mais a mensagem do livro. 

2012 foi e passou sem nenhum fim dos tempos, porém, "A Idade Dos Milagres" é uma espécie de "E se...", um universo paralelo ao nosso, onde o mundo realmente está desabando. Cruel, chocante, bonito e bem escrito, um retrato de mundo atual.

Cinco estrelas!

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Incoerente e absurdo, "Bem Mais Perto" erra com uma protagonista antipática, metida e imatura

"Bem Mais Perto" é o primeiro livro de Susane Colasanti publicado no Brasil. Outro livro seu, "Esperando por você", será publicado em breve pela Novo Conceito.

O livro trata da história de Brooke, uma adolescente de 17 anos, amargurada, que é viciada em um garoto de sua escola que mal a nota: Scott. Depois de dois anos de paixão platônica, Brooke resolve agir quando Scott se muda para Nova Iorque; Brooke o segue e também se muda.

A personagem principal é muito imatura. Isso resume o livro. Brooke, se mostra totalmente infantil em todas as suas atitudes em dois terços do livro.

Tenho problemas em assimilar as "três Brookes" apresentadas no livro: a garota de QI "muito mais alto que qualquer gênio", a garota revoltada por ser "abandonada" pelo pai e que não confia em ninguém, e a Brooke apaixonada pelo Scott, sem nenhum motivo aparente.

Se Brooke fosse assim tão inteligente, provavelmente não seria tão imatura em relação à escola, garotos e família. Os pais de Brooke se separaram, mas ela lidou isso de forma pessoal, evitando os pais desde que era criança, como se, hoje em dia, separar-se não fosse algo comum.

A personagem vive falando de sua inteligência e seu alto QI, mas é relaxada na escola e despreocupada com o futuro. Ela não se sente motivada a estudar pelas aulas serem desinteressantes, o que é, provavelmente, a coisa mais imatura que eu já li na minha vida. Nem tudo é interessante, mas algumas coisas, na escola, poderiam ser, se ela fosse um pouco mais inteligente para agir de modo mais adulto e pensado. Conhecimento é conhecimento.

Uma garota tão auto centrada e amargurada, nunca se entregaria numa paixão obsessiva como fez Brooke com Scott. Não consegui entender, em momento algum, do livro, como Brooke se apaixonou por Scott sem nunca ter falado com ele, sendo que tinha problemas tão grandes de confiar em pessoas.

Apesar de ser decepcionante, Brooke tem uma auto estima imensa, o que irrita o tempo todo. Personagens metidas são insuportáveis. Na sinopse, não vemos nem um pouco da antipatia, eu pensei que ela seria uma garota que simplesmente gostasse de tomar riscos, mas o que achei foi uma personagem mal construída, incoerente e paradoxal.

Posso estar sendo muito dura com a protagonista, mas já fui parecida com ela. Já sofri um grande trauma, que afetou todas as minhas amizades, que me fez ficar sozinha. Já gostei loucamente de um garoto (nunca a ponto de mudar de cidade, mas...). Já achei que não precisava de escola para nada. Mas, quando tudo isso aconteceu, eu tinha 14 anos, e logo percebi que não chegaria a lugar algum sendo o que era. Para Brooke, com 17, 18 anos, é um pouco tarde. 

Embora as descrições de Nova Iorque tenham ajudado o livro, "Bem Mais Perto" é muito ruim.

Duas estrelas.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Inteligente, despretensioso e magnetizante: "Quem É Você, Alasca?" acerta nos detalhes, ficando na memória

Faço parte das pessoas que acreditam que nenhuma leitura é inútil, todas ensinam algo. Percebi isso recentemente, quando vi que, cada vez que eu mudava de página pela última vez, era uma pessoa diferente de quando tinha começado a ler a história. Só que algumas histórias te mudam mais. Algumas histórias te mudam e confirmam, ao mesmo tempo, aquilo que você já sabia, e estava escondido dentro de você. Algumas leituras te mudam para sempre, e algumas leituras te afetam. Existem essas leituras, e existe "Quem é você, Alasca?".

O livro, na verdade, não é sobre Miles, Alasca, ou qualquer outra coisa que pareça, em suas primeiras páginas. O livro é pessoal, definidor de caráter, auto descobrimento envolto em uma história apaixonante. No final, não descobrimos quem é Alasca, ou quem é Miles. Descobrimos quem somos nós, ou, ao menos, o livro ajuda a levar o leitor à jornada certa.

Miles é um adolescente melancólico, inteligente e profundamente deslocado. Não podemos, nunca, chamá-lo de solitário, pois, quem tem a si mesmo e a própria curiosidade, nunca está sozinho. Mas ele sente necessidade de viver. E vai atrás de uma vida, se matriculando em um colégio interno onde conhece Alasca, Coronel, Lara, Takumi. E, de alguma forma, Miles-ou gordo, apelido que Coronel o atribui (muito fofo esse apelido, diga-se de passagem)- acaba encontrando o Grande Talvez escondido nessas pessoas que se encanta.

Já havia lido um livro de John Green antes, é claro, "A Culpa É Das Estrelas" é o meu segundo livro preferido (O Morro Dos Ventos Uivantes permanece no topo). Mas, céus, o que há com esse autor, que ele consegue escrever o que todos pensam, sentem, fazem, de forma nunca vista antes? O que há com ele que nos faz perguntar se estamos realmente lendo aquilo? John Green é surreal.

Me identifiquei mortalmente com o Gordo (Miles). Como ele, também era deslocada, conformada. Até que, sem saber que era isso que estava indo atrás, fui procurar o Grande Talvez. E acabei descobrindo, em mim mesma. Miles precisa de ajudinhas para isso, mas, afinal, percebe o mesmo.

Deixando as metáforas e filosofias de lado, me apaixonei pelos personagens coadjuvantes. Afinal, gostei mais deles do que de Alasca. Achei o Coronel encantador, sempre achava muito fofo quando ele chamava o Miles de Gordo. Apesar de esse apelido ter sido dado pelo próprio como ironia à magreza do protagonista, em português, fica ainda mais meigo, como um apelido carinhoso. Até os Guerreiros de dia de semana conquistaram minha simpatia.

Em "Quem É Você, Alasca?" vemos um John Green mais despretensioso do que em A Culpa Das Estrelas. Embora o livro de Hazel e Gus traga mais metáforas, profundidade e maturidade, "Quem É Você, Alasca?" é natural. Me lembrou filmes de amizade, como "Stand By Me", porque, afinal, é isso que o livro trata.

Acho que daria um ótimo e melancólico filme, porém, nenhum diretor conseguiria retratar a beleza e magnetismo das palavras de John Green. Puro, verdadeiro, belo e real: "Quem É Você, Alasca?" foi o primeiro livro do autor, na minha opinião, o melhor autor contemporâneo. 

Poderia escrever sempre uma resenha sobre esse livro, mas nada se compara ao que existe dentro daquelas páginas. Leiam o livro, e entendam.

5 estrelas!


domingo, 20 de janeiro de 2013

O MOMENTO EM QUE JOHN GREEN SE TORNA OFICIALMENTE MEU AUTOR PREFERIDO

Estou lendo, no momento, o primeiro livro de John Green: "Quem É Você Alasca?". Já havia me apaixonado por esse autor, assim como todas as pessoas que leram o livro, após "A Culpa É Das Estrelas", mas, por incrível que pareça, estou gostando ainda mais dele nesse livro. Com certeza, farei resenha assim que terminar de ler (eu não quero nunca acabar de ler!). John Green é, meu autor preferido, mal posso esperar para outros livros dele serem publicados, só de estar lendo um livro dele, me sinto enormemente privilegiada. 

sábado, 19 de janeiro de 2013

Trailer de Dezesseis Luas


Esse é o trailer oficial do filme "Dezesseis Luas, baseado no filme do mesmo nome. No começo, não gostei da escolha para ator, mas fui me acostumando com Alden Ehrenreich para o papel de Ethan. O filme estréia esse ano, em Julho. Gostei da data, afinal o livro tem todo um clima de inverno.